terça-feira, 1 de maio de 2012

Quando Cthulhu chama - Série de artigos sobre a maior criação de Lovecraft


Nas profundezas do Oceano Pacífico, muito abaixo da superfície, encontra-se a cidadela de R'lyeh com sua arquitetura colossal, suas torres arqueadas e muralhas construídas com blocos ciclópicos de pedra esverdeada. Em insondáveis profundidades repousa a sepulcral R'Lyeh, erguida por mãos inumanas quando a Terra ainda era jovem.

Nessas ruínas submersas, habita um ser de poder inimaginável. Não morto, mas sonhando pela eternidade. A mera sugestão de seu nome se traduz na aniquilação da sanidade e obliteração do espírito.

CTHULHU!

Incontáveis eras se passaram desde seu aprisionamento na cadavérica R´Lyeh, e ele continuará cativo até que as estrelas se alinhem corretamente no firmamento. Este evento cósmico marcará o despertar de Cthulhu e o fim do mundo como nós conhecemos, pois a mácula da humanidade será apagada de imediato.

O célebre escritor norte-americano H.P. Lovecraft considerado o pai do Horror Cósmico e da Weird Fiction, foi o criador de Cthulhu. A mitologia de Lovecraft inclui uma vasta coleção de criaturas abomináveis, incompreensíveis raças ancestrais e entidades alienígenas de poder incomensurável. A importância de Cthulhu pode ser medida pelo fato de seu nome ser usado para designar todas as demais entidades dessa mitologia particular: O Mythos de Cthulhu

A primeira menção a Cthulhu surgiu em 1926 no conto "O Chamado de Cthulhu", escrito por H.P. Lovecraft. Na estória, a entidade é uma espécie de manifestação cuja presença é percebida inicialmente apenas através de sonhos captados por indivíduos sensíveis ao redor do mundo. Mesmo aprisionado, Cthulhu envia ondas mentais pelo globo, inflamando cultos que o veneram. A mensagem é compreendida: as estrelas estão prestes a se alinhar, Cthulhu está próximo de retornar.

O conto narra a busca de um pesquisador pela verdade do Mythos. Uma jornada através de revelações fatais e estarrecedoras na qual o protagonista é apenas um observador impotente. Não por acaso, "O Chamado de Cthulhu" é considerado como dos maiores clássicos da literatura de horror.

Em sua primeira estória, Lovecraft revela bem pouco sobre a biografia de Cthulhu.

Tudo o que sabemos é que o Grande Cthulhu é uma entidade extraterrestre que no passado imemorial dominou a Terra. Um misterioso cataclisma de proporções cósmicas teria forçado seu confinamento na ilha de R´Lyeh. Uma profecia, no entanto, atesta que um dia ele se libertará. Sabemos também que embora Cthulhu seja impedido de deixar R´Lyeh sua poderosa mente é capaz de enviar sonhos premonitórios captados por mentes humanas.

Cthulhu é servido por um Culto que possui ramificações em todo o mundo. Seus fanáticos seguidores vagam pelos pântanos da Louisiana, pelas tundras da Sibéria, e cobrem as planícies geladas da Groenlândia... artefatos em poder desses maníacos lançam pistas sobre a bizarra forma de Cthulhu. Um monstro antropomórfico com corpo de homem, cabeça de polvo, dotado de garras e asas colossais nas suas costas. A visão de sua forma hedionda e gigantesca é capaz de pulverizar a razão do mais sensato dos homens.

Mesmo isolados, os cultos tem em comum a cega devoção ao Grande Antigo. Venerado em datas especiais com sacrifícios sob a luz de fogueiras os cultistas acreditam que a volta de Cthulhu é inevitável.

De acordo com Lovecraft, os seres humanos jamais serão capazes de compreender o que realmente é Cthulhu. Sua existência vai além da compreensão mortal e não há como conhecer seus mistérios por inteiro.

Essa série de artigos busca lançar uma luz sobre Cthulhu. 

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